O medo é uma forma de seleção

O tema desta semana é muito abrangente, afinal, quem nunca teve medo? Quem nunca sentiu o coração acelerar, enquanto a mente despejava inúmeras dúvidas em nosso consciente e a principal determinação nossa era eliminar aquela circunstância? Todos nós já passamos por isso e não podemos simplesmente eliminar esta reação biológica, neurológica e psicológica. Por isso, temos de entender como lidar com ela.

A palavra medo vem do latim “metus“, e significa  “inquietação, temor, ansiedade”. Ou seja, refere-se a uma perturbação diante de uma ameaça real ou imaginária. Note que, muitas vezes ‘sabotamos’ a nós mesmos por criar ameaças que só existem em nosso consciente, perdendo oportunidades grandiosas de crescimento. Por isso, precisamos nos habituar a esta sensação e saber discernir quando podemos permitir que ela atue em nossa proteção.

Por exemplo, em situação de sobrevivência, o medo, sem dúvida, é uma poderosa arma, capaz de nos esconder do perigo e preservar nossa vida. No entanto, quando falamos de iniciar um novo negócio, apresentar nossa organização ao público, e, até mesmo, aderir ao uso de uma nova ferramenta de divulgação digital, qual é a funcionalidade do medo?

Em decisões como esta é fundamental agirmos de forma “fria”, sem a presença de sensações que possam embasar nossa visão da situação. Ter o controle da situação e não se precipitar é um modo de inibir que o medo tome decisões por nós.

Afinal, quando permitimos que o medo assuma a liderança em nossas decisões ele nos fecha inúmeras portas pelas quais apenas os que tem controle sobre esta sensação são capazes de entrar. Esta percepção justifica o nosso tema, “O medo é uma forma de seleção“.

Muitas vezes, o ‘selecionado‘ para receber um investimento em seu projeto, assumir a liderança na equipe, receber uma proposta de parceria, ou, até mesmo, para ‘vender’ seu produto/serviço não é o mais qualificado, mas sim, o mais corajoso. É aquele que se dispõe a mudança e, inúmeras vezes, chega a sentir medo, mas não o usa como fator limitante.

Temos de ser assim. Mas, para que isso aconteça, é necessário ter controle sobre nós mesmos e identificarmos em quais pontos demonstramos medo desnecessariamente, e, assim, poderemos trabalhar, não na extinção do medo, mas no preparo para não deixa-lo influenciar nossas decisões. Este é um trabalho continuo.

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Não tenha medo de inovar, abrace as oportunidades!

Tenhamos em mente que somos capazes, lembrando que, como nos disse Henry Ford, Se você pensa que pode ou se pensa que não pode, de qualquer forma você está certo”.

Publicado em 19/10/16 no Café digital.

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